A presidente Dilma Rousseff inaugurou o pavilhão Brasil

15/06/2012 11:47

 

Milhares de pessoas de diversos países passaram o primeiro dia da Rio+20 tentando se entender. Não só em relação ao que deve ser feito para salvar o futuro do planeta. Durante a conferência, nos corredores, é difícil saber o que a pessoa do lado diz.

Ela bem que tentou. Quis informações falando mandarim. Mas chinês para o voluntário também é demais. Inglês é a língua mais falada na Rio+20. Como em um grupo que reúne africanos e europeus.

Uma mulher fala holandês. A outra, italiano. Rodando um pouco, ouvem-se espanhol, francês, alemão, japonês. Em uma conferência mundial, é claro que as línguas faladas são de quase todo o nosso planeta. Para ter uma idéia: a delegação do Quênia fala swahili entre si, mas naquele país africano existem 40 idiomas oficiais. Fora os dialetos. “Somos povos diferentes, de diferentes tribos", explica uma queniana.

O navio do Greenpeace chegou à cidade. A presidente Dilma Rousseff inaugurou o pavilhão Brasil, um espaço para mostrar nossa cultura: “A Rio +20 faz parte de um processo que começa com a Rio-92. Vinte anos depois nós temos e teremos de dar outra partida nesse processo, outro início, um recomeço”.

E o texto que os chefes de estado vão transformar em documento na semana que vem?

Esse texto veio de Nova York. Tem 80 páginas e trata de temas que permanecem sem acordo. O mais premente: quem vai pagar a conta da economia verde.

Brasil e China lideram um grupo que propõe criar um fundo de US$ 30 bilhões. Dinheiro para financiar ações sustentáveis em países em desenvolvimento.

Chefes de estado de países ricos, como Estados UnidosAlemanha e Grã- Bretanha, pensam diferente: não querem se comprometer com novos gastos. Aliás, eles não virão à Rio+20.

Mas, como diz a italiana, a esperança é a última que morre. E o americano reconhece que é preciso uma ação urgente: “Temos que sonhar juntos. Senão, tchau planeta”.